A projeção consciencial, vivenciada de maneira lúcida, é descrita na vasta literatura da área como propiciadora de uma série de benefícios, dentre os quais figuram os de caráter educativo. Por não se tratar de atividade corriqueira para a maior parte das consciências intrafísicas que habitam este Planeta e por envolver percepções sensoriais de alto impacto, a projeção consciencial expõe seus protagonistas, especialmente os iniciantes, ao risco de vivenciarem fenômenos ao modo do deslumbramento, quando a meta seria a ampliação do autoconhecimento e da maturidade consciencial, preferencialmente com vistas à assistencialidade. Neste artigo, uma experiência projetiva vivida pelo autor é apreciada quanto ao seu potencial para promover a transição autoparadigmática. Preliminarmente, são tecidas considerações teóricas sobre paradigma, experiência e para-aisthêsis, esta última aqui empregada para, alternativamente, designar a vivência projetiva em toda sua complexidade, afastando o caráter mercadológico, superficial e efêmero que costuma acompanhar o conceito con- temporâneo de 'experiência'. A seguir, tem lugar o relato contextualizado e a análise propriamente dita, a partir da qual se conclui que a para-aisthêsis projetiva em questão atuou como promotora da transição autoparadigmática de seu protagonista.
Interparadigmas Wanderley Carvalho Ano 7 - N. 7: Transição Autoparadigmática (2019)
O presente artigo propõe o instrumento Diagrama de Transição Au toparadigmática (DTA) e a técnica básica para a elaboração deste, enquanto ele mentos para a autopesquisa interparadigmática. São definidos os conceitos fun damentais utilizados no instrumento: os autoparadigmas passado, passado ime diato, presente, futuro imediato e futuro. É apresentada sequência de passos para a definição, formulação ou projeção dos momentos autoparadigmáticos. Ao final, são apresentadas ponderações a respeito das consequências e da necessidade de vivenciar de maneira lúcido o inevitável processo de transição autoparadigmática.